carvão suja as casas

Moradores do Pecém voltam a sofrer com fuligem de carvão mineral da CSP

A população continua à espera das indenizações para saírem do local, além de sofrer com problemas respiratórios e com a poluição.

Os moradores do distrito de Parada, no município de São Gonçalo do Amarante, voltaram a sofrer com a fuligem do carvão mineral que é transportado nas esteiras que ligam a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) ao Porto do Pecém. A população, que continua à espera das indenizações para saírem do local, sofre com problemas respiratórios e com a poluição.

Narcelio Moura, 37 anos, reside no Assentamento Área Verde há 24 anos e relata que há pelo menos quatro vem sofrendo com a situação. “A gente limpa a casa várias vezes por dia, passa o pano, e é sempre assim”, afirma.

Ele conta que as esteiras tinham ficado alguns dias paradas, mas que voltaram a funcionar. “Não sabemos ao certo quanto tempo ficaram paradas. Mas depois voltamos a observar, até nessa época de ventos fortes”, aponta.

Moura revela ainda que, na última quarta-feira (23), diretores da CSP visitaram a comunidade. “Eles não passaram por todas as residências. Também ainda não tivemos um retorno dessa visita”, ressalta.

O morador explica que várias crianças já ficaram doentes com problemas respiratórios. “Uma delas até ficou 14 dias internada com pneumonia. Já vieram, inclusive, pesquisadores da Fiocruz analisar essa relação dessa fuligem com as doenças, que foi constatada inicialmente”, acrescenta Moura.

Imbróglio

Narcelio Moura afirma que desde 2016 são feitas reuniões com o poder público e ainda não tiveram uma resposta definitiva para o problema. Em maio, o Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace) entregou à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) relatório atualizado com as avaliações dos imóveis na região a ser desapropriada no Pecém.

O Governo do Estado irá ressarcir quarenta e três famílias que moram em um perímetro de até 300 metros, próximo das esteiras de transporte de carvão mineral do Porto do Pecém. Há cerca de cinco anos, os moradores da região pedem a desapropriação em decorrência da proximidade entre as esteiras e a área residencial e reclamam da poluição sonora, causada pelo equipamento.

Fonte: Diário do Nordeste

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